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NCC TEM TALENTO - EU, LÁSTIMA

A jovem promessa do humor feminino em Portugal tem como referências Joana Marques ou Joana Gama, licenciou-se em Ciências da Comunicação pelo ISCSP-UL no ano letivo passado, e todas as semanas surpreende-nos com os textos mais irónicos e sarcásticos da Internet. Carolina Epifânio, aka Eu, Lástima, esteve à conversa com o NCC onde revelou um pouco mais de si, da importância do curso para o seu blog, e muito mais.


Quem é a Carolina Epifânio? Quais são os teus hobbies,guilty pleasures?


Bem, não sei se posso responder a essa pergunta sem receber o cachet que os convidados do ’Alta Definição’ recebem para ir para lá chorar – especialmente porque não sou assim tão interessante. No fundo, a Carolina Epifânio (isto de falar na terceira pessoa é estranho) é uma jovem que gosta de dizer parvoíces. Di-lo em casa com a família, di-lo com os amigos, di-lo no trabalho (se sei como ainda não fui despedida? Não, não sei) e agora – que é como que diz desde o verão de 2020 – decidiu dizê-lo na Internet.


Sobre os hobbies, pelo menos aqueles que não me envergonho de revelar, são ouvir música, ler, escrever, cantar… de preferência na praia. Sim, eu acabei de admitir que vou para a praia fingir que canto. Em minha defesa, vou para lá quando fica despovoada.


Sobre os guilty pleasures, fico ligeiramente ofendida por não o saberem já. Oh para mim a fazer publicidade a um post. Outro que não foi mencionado nesse post, mas que posso partilhar é Candy Crush. Não sinto assim tanta culpa quanto isso, mas sei que é um vício louco meu.


Tens planos para o futuro? Se sim, quais?


Já sobre planos para o futuro, profissional e academicamente, penso tirar um mestrado e/ou pós-graduação na área, bem como continuar a trabalhar em agência a fazer trocadilhos loucos para clientes. Além disso, amava conseguir crescer com o blog e entrar nas portas que me abrir, nomeadamente no mundo do humor. Se já tenho um nome de espetáculo de stand-up em mente? Tenho. Isto de por a carroça à frente dos bois é comigo.


Como surgiu a ideia de criar o teu blog, “Eu, Lástima"?


A ideia surgiu na linha amarela do metro. Poético, não é? Na verdade, era suposto ser um podcast. Mas quem me conhece sabe que os decibéis da minha voz só são audíveis ao ouvido canino. E eu não quis atormentar toda uma população.

Em relação ao nome, acho que as histórias que conto espelham que ‘lástima’ é o título que melhor me representa. Só mais tarde é que percebi que fiz um meio-plágio ao Cláudio Ramos.


Quais são os blogs ou pessoas que mais te inspiram?


Acho que sou uma básica. Amo uma Bumba, uma Pipoca, uma Joana Gama, uma Joana Marques, um Batáguas, um Guilherme Duarte, um Rúben Branco, um Môce dum Cabreste, um PTM, um Carlitos Coutinho Vilhena, um Sinel de Cordes, até um Paulo Almeida ou um Rui Cruz… Mega inovadora, eu sei.


Como funciona o teu processo criativo na escrita de cada publicação?


Quão clichê seria dizer que funciona por epifanias? Não é metódico, mas é muito isso. Normalmente penso na morte da bezerra e vem-me uma luz ou converso com amigos que acabam por me inspirar. Depois gravo áudios de WhatsApp a mim mesma e escrevo tópicos de ideias quando conseguir ir para o PC.


Quais são as tuas principais motivações para continuar a escrever para o blog?


Uma das minhas principais motivações é o facto de ser uma contadora de histórias. Além de faladora, também já passei por episódios completamente absurdos e que acho ter piada serem contados. Gosto de ser a amiga que te distrai dos problemas e conta histórias parvas, por isso tentar sê-lo numa plataforma só minha deixa-me mais feliz.


Outro dos motivos que me levam a escrever neste meu diário digital é o futuro. Não sei o que me reserva, mas gostava que o blog fosse uma ponte para fazer outras coisas que gosto e passar uma mensagem positiva para quem me leia, veja ou oiça.


Quais os conhecimentos que adquiriste no curso e que te ajudaram na criação do “Eu, Lástima”?


O curso, especialmente a minha ex-orientadora e mentora de vida de quem tenho imensas saudades Raquel Ribeiro, ensinou-me a planear os meus conteúdos, analisar resultados (sim, esta querida faz estatísticas mensais das suas redes ‘profissionais’), compreender falhas e melhorá-las, de modo a obter mais engagement e destaques na própria plataforma. Esta professora ensinou-me muito mais, mas essas informações ficam para outras núpcias. Além disso, muito provavelmente também devido às aulas da Paula Cordeiro e do Paulo Martins, CC ajudou-me a desenvolver o meu pensamento crítico, a debater sobre coisas e colocar perguntas sem medos.


Para leres todos os posts da jovem promessa do humor português, passa pelo seu blog.




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